
A empresa irlandesa Ryanair anunciou a sua intenção de enviar um pedido aos fabricantes de aeronaves para um projeto de vaga para passageiros transportados em pé.
Conhecida pelo burburinho que suas extravagantes estratégias de marketing e contenção de despesas têm causado, esta companhia de perfil baixo custo também sugeriu entre outras medidas as seguintes:
- Cobrança pelo uso dos sanitários à bordo, inclusive do papel higiênico, por um sistema de depósito de moedas como o das máquinas de refrigerantes. Ou seja, além do passageiro pagar ainda deverá ter troco exato para satisfazer suas necessidades fisiológicas básicas em pleno vôo.
- Imposto de obesidade para quem está acima da média de peso.
- Sobretaxar a passagem de quem levar sua própria comida à bordo.
- Cobrar para acessar o website da empresa.
- Cobrar para usar o chek-in do aeroporto. Quem não fizer chek-in pelo site pode pagar outra taxa para fazê-lo no aeroporto.
- Sobretaxar métodos não preferíveis de pagamento (tudo o que não seja dinheiro vivo).
Em Junho do ano passado seu presidente Michael O'Leary delcarou à imprensa alemã que sua business class não terá reduções de custo, ao invés, segundo literalmente disse, terá "camas e boquete". Constrangida, a tradutora recusou-se a interpretar o termo chulo e ele não satisfeito ainda insistiu se não havia palavra em alemão que traduzisse o vocábulo infeliz.Confira no vídeo abaixo.
Imaginem como devem sentir-se valorizados o funcionários da empresa. Além deste episódio a companhia também publicou um calendário no mesmo ano mostrando suas comissárias nuas. Quem voa sabe que, nessa profissão, lidar com o imaginário fértil do público sexualmente menos resolvido, constitui-se em desafio diário.
Pois é, quem acha que fica por aí a questão do pau-de-arara voador está enganado.
Além da iniciativa ter sido anunciada recentemente pela China Spring Airlines que também está estudando a opção, a Ryanair publicou uma enquete em seu website perguntando se o passageiro aceita voar de pé.
A estratégia para convencê-lo a clicar SIM é muito inteligente. A pergunta é se você aceita a voar de pé grátis. Depois perguntam se você voaria de pé por 50% de desconto. E por fim querem saber se você gostaria que os passageiros tivessem esta opção como acontecem nos trens e ônibus (convenhamos: que comparação triste).
Obviamente alguém que lhe cobra pelo papel higiênico nunca irá oferecer-lhe o vôo gratuitamente. Quanto aos 50%, lembram-se do bilhete estudantil? Assim que foi implementado o preço da entrada dobrou para que as entradas estudantis fossem vendidas por 50%. Trocamos o seis pelo meia dúzia e ainda lucraram com quem não é estudante.
Uma vez que o passageiro incauto clicar sim estará endossando a iniciativa da empresa. Ao fazê-lo dará ferramentas para pressionar a regulamentação aeronáutica internacional a ceder nas suas normas básicas de segurança.
Internacionalmente é proibido o transporte de pessoas em qualquer vôo durante pousos e decolagens e durante situações de instabilidade de vôo por motivos óbvios de proteção à vida.
Quanto a minha opinião de passageiro já me decidi. Só vôo com a Ryanair quando o senhor O'Leary empregar seus parentes imediatos como tripulantes.
E você? Quer voar de pé?
clique aqui e responda à enquete da empresa